Programa de Atendimento ao Estudante (PAE)


Você chega à FSG e encontra uma pessoa fazendo a avaliação do processo seletivo com uma prova diferente, com letras maiores. Em uma sala, vê um tradutor-intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) ajudando um candidato na leitura de palavras, expressões e orações escritas em Língua Portuguesa. Em outro lugar, uma pessoa em cadeira de rodas faz a prova em uma mesa muito diferente, acomodada confortavelmente.

 

Essas são situações vividas por deficientes visuais, físicos e auditivos que conseguem participar ativamente da vida em sociedade graças a uma série de atitudes promovidas pela instituição: o Programa de Atendimento ao Estudante (PAE) da FSG.

 

Acessibilidade e inclusão sempre estiveram no foco de nossa cultura organizacional. Desde 2013, embora já tivéssemos o Programa de Atendimento a Diversidade e Inclusão (PADI), que atendia a comunidade surda da instituição, e vários projetos, serviços e ações já vinham sendo executados, tais como Faço Parte FSG, Nivelamento, Intercâmbio, Escuta Qualificada, Serviço de Atenção ao Aluno, Diretórios Acadêmicos (DAs), Sempre FSG, sentíamos falta de ações mais sistematizadas, mais engajadas.

 

O PAE foi instituído como uma proposta dentro de um plano geral de acessibilidade e inclusão que busca proporcionar a alunos com deficiência condições de usufruir a vida acadêmica de forma plena, garantindo não só o acesso ao ensino superior, mas também a sua permanência nele, com aproveitamento dos recursos pedagógicos e de infraestrutura oferecidos

 

As metas do PAE são:

  • Desenvolver campanhas de sensibilização da comunidade acadêmica para a temática da inclusão;
  • Orientar o corpo docente e o quadro de funcionários técnico-administrativos quanto ao atendimento dos alunos com deficiência;
  • Realizar ações de capacitação docente;
  • Viabilizar a acessibilidade nas suas diferentes dimensões;
  • Eliminar barreiras que possam obstruir o pleno desenvolvimento do ser humano;
  • Observar permanentemente os diversos espaços dos campi para identificação das necessárias adaptações e adequações dos ambientes de modo a contemplar as normas de acessibilidade;
  • Supervisionar o cumprimento dos dispositivos legais com vistas à promoção da acessibilidade;
  • Sugerir e acompanhar adaptações na metodologia e nos recursos pedagógicos que possam contribuir para o processo de aprendizagem das pessoas com deficiência.

 

É só observar: nossos prédios possuem rampas e/ou elevadores de acesso devidamente sinalizados; há vagas reservadas e sinalizadas para veículos que transportem pessoas com deficiência física, localizadas nas proximidades dos elevadores; as cabines dos elevadores permitem acesso e movimentação de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida e têm painel em braile.

 

Mais: estamos implementando piso tátil; sinalização visual permanente, em linguagem verbal escrita e não verbal, direcional e de emergência; rotas de fuga e saídas de emergência sinalizadas com placas fotoluminescentes, em linguagem verbal escrita e não verbal, de acordo com a regulamentação específica; todas as entradas são acessíveis e banheiros e bebedouros, telefones e balcões adaptados ao deficiente.

 

Tanto a Biblioteca, que dispõe de um Serviço de Atendimento ao Aluno com Deficiência, como laboratório de informática e salas de estudos, assim como ambientes administrativos e de atendimento ao aluno são acessíveis, por rampa ou elevador, devidamente sinalizados com placas informativas de atendimento prioritário a idosos, gestantes, pessoas com crianças pequenas no colo e pessoas com deficiência. Temos programas de voz em computadores identificados com acessibilidade e espaço necessário para cadeirante nos ambientes citados.

 

O Programa de Monitoria oferece aos alunos da instituição a oportunidade de serem monitores, atuando como ledores/ transcritores, auxiliando os alunos com deficiência visual, baixa visão e com dislexia, na leitura do conteúdo registrado pelo professor na lousa ou descrevendo/ lendo material entregue em sala de aula. Até o Ensino a Distância oferece mecanismos de acessibilidade com leitura multiplataforma, videoaulas legendadas e em Libras.

 

Estamos, então, bem alinhados às mudanças de paradigma nas questões relativas às pessoas com deficiência, no Brasil e no mundo, abandonando o modelo assistencialista (tradicionalmente limitante) em prol de um ambiente empoderador, em que nossos alunos sejam protagonistas de sua emancipação e cidadania.

 

A cada início de semestre letivo é gerado um relatório com a informação de condição especial e/ou deficiência, informada pelo aluno no ato da matrícula ou por entrevista posterior. De forma geral, os recursos utilizados são: transcritor, sala de fácil acesso, mesa e cadeira sem braços, mesa para cadeira de rodas, apoio para perna; ledor; tradutor-intérprete Libras, leitura labial, prova ampliada; prova em braile; tempo ampliado. Os tipos de deficiência são: física, intelectual, auditiva; surdez; cegueira, baixa visão; surdocegueira; autismo, Síndrome de Asperger, Síndrome de Rett, Transtorno desintegrativo; déficit de atenção; dislexia.

 

O credenciamento como Centro Universitário em 2016 nos trouxe ideais mais maduros no tocante à responsabilidade social e, além de promovermos atividades de ensino, pesquisa e extensão, passamos a enxergar com mais clareza como articular ações visando desenvolver e executar políticas de inclusão e de respeito à diferença e à diversidade humana.